EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Música, poesia e sustentabilidade
Letras de canções originais de António José Ferreira para atividades pedagógicas e formações de duas horas ou para sessões no âmbito de Temporadas Reciclanda.
“Música e Educação Ambiental” é um programa Reciclanda que pode ser realizado em formação para professores, ou em sessão para crianças
De olhos bem abertos
1. De olhos bem abertos
à imaginação
faz novos instrumentos
com ritmo e emoção.
Alguém diz que não presta,
talvez possa prestar:
descobre o som escondido
e põe-no a tocar.
2. Há muitos instrumentos
tão fáceis de montar;
recolhe, junta, cola,
depois é só tentar.
Talvez haja ao teu lado
tambores p’ra tocar:
descobre a importância
de reutilizar.
3. O som vem da madeira,
da pedra e do metal;
o plástico tem forças
p’ra ser especial.
Talvez haja ao teu lado
maracas p’ra tocar.
E pode ser suave
o som de abanar
4. De cabos de vassoura
faz clavas p’ra bater
ou cria raspadores,
é fácil de fazer.
Podes pedir ajuda
a um familiar;
depois faz uma banda
e toca até cansar.
Tem cuidado com a Terra
Tem cuidado com a Terra,
Tem cuidado com o mar.
O consumo exagerado
Traz problemas a dobrar.
Usa um saco de pano
Quando vais buscar o pão.
Pensa mais no ambiente
E ao plástico diz não.
Se pões lixo no ribeiro,
Onde é que ele vai parar?
Talvez vá parar ao rio
E do rio chega o mar.
O que acontece aos peixes
Que lá andam a nadar?
Podem ingerir o lixo
E o lixo os vai matar.
A poluição que fazes
Vai a Terra afetar.
Vem comigo à descoberta
do valor que é reciclar.
Tens um balde colorido?
Talvez dê para tocar.
Se vieres p’rà fanfarra
Vai ser espetacular.
O petróleo prejudica
A cadeia alimentar
E os seres vivos marinhos
Vai decerto afetar.
Quando a praia fica lixo
Quem a vai frequentar?
E na água poluída
Que se poderá pescar?

Maraca caricata, Reciclanda 2025
Hei, hei, hei, hei!
Hei, hei, hei, hei!
Não deites tudo fora!
Podes arranjar,
reutilizar,
e assim a terra melhora!
Falado:
Com um cabo de vassoura
faço pares de pauzinhos
e com eles vou tocar
com colegas e vizinhos.
Um fraquinho de iogurte
vou lavar, depois secar.
Ponho arroz e já está pronta
a maraca para tocar.
Importante
1. Importante é reciclar,
seja vidro ou cartão,
seja óleo ou papel,
seja plástico ou latão.
2. Importante é reduzir
níveis de poluição.
Há que reutilizar,
repensar a produção.
3. Importante é separar
por papel no papelão.
P’ra cuidar da natureza
ponho as pilhas no pilhão.
4. Se pões plásticos no rio,
no ribeiro ou no mar,
é a tua própria vida
tu estás a prejudicar.
Recicla
Recicla, recicla!
Separa o vidro, o frasco, a garrafa
e põe tudo no ecoponto.
Recicla, recicla!
Separa o papel, o jornal, o cartão
p’ra levar ao papelão
do ecoponto.
Recicla, recicla!
Separa embalagens de leite e plástico
e põe no plasticão
do ecoponto.
Tu e nós todos
podemos melhorar
a qualidade do planeta Terra!
Vamos reciclar
Vamos reciclar,
reutilizar,
e a terra ficará
mais agradável p’ra habitar.
Repensar!
Reduzir!
E a terra ficará
mais agradável p’ra habitar.
História da poluição
Poema/canção sobre a poluição criado para projeto numa escola do 1º Ciclo de Vila Nova de Gaia, apresentado ao público no Auditório do Olival com a EB1 dos Carvalhos.
Foi há muito, muito tempo,
‘stava a história a começar.
Tinham homem e mulher
todo o dia p’ra caçar.
Ninguém tinha a sua horta
nem plantava o pomar.
O céu era mesmo azul
e o ar bom p’ra respirar.
Foi há muito, muito tempo,
ninguém sabia escrever;
nem sequer era preciso
as florestas abater.
O homem não sabia ainda
fazer fogo p’ra aquecer;
um raio caiu num ramo
que logo ficou a arder.
O homem não descansou
até fogueiras acender.
O fogo chegou à carne
e ai que bom era o comer!
O homem fazia o fogo
mas não o sabia conter.
Com incêndios na floresta,
fauna e flora a morrer.
Por vezes faltava caça,
havia que produzir.
E a floresta onde caçara
passou a diminuir.
Abatia-se uma árvore,
outra árvore a seguir.
Pouco a pouco, a humanidade
começou a poluir.
O homem do vale fez
muros p’ra se defender
e com pedras criou armas
p’ra os animais abater.
Com o frio que chegara
precisou de se aquecer
e usava peles quentes
para o corpo proteger.
Começou a polir pedra,
fez anzóis para pescar.
Dos ossos criou agulhas
para a roupa costurar.
Já fazia esculturas
e gostava de pintar.
Tinha arte, inteligência
e gostava de tocar.
Com os troncos que rolavam
mudou coisas do lugar,
coisas grandes e pesadas
conseguia transportar.
Da roda passou ao carro
com animais a puxar;
e descobriu o petróleo
que tudo veio mudar.
Com o séc’lo XIX,
tudo estava a progredir,
e o homem já pensava
tudo poder conseguir.
Os comboios circulando,
tanto fumo a subir,
e as chaminés das fábricas
era sempre a poluir.
As cidades e as vilas
‘stavam sempre a aumentar.
Os esgotos e o lixo
iam p’ra qualquer lugar.
Monumentos escurecem
c’o a poluição do ar.
Quero um planeta limpo
e feliz para habitar.
Hoje tantos são os carros
e gazes que há no ar
que desejo andar a pé
e ter ar p’ra respirar.
É tão bom voltar ao campo,
ouvir pássaros cantar;
o meu sonho é um céu azul
e o meu lema, reciclar.
Se quer’s ter muita saúde
p’ra correr e p’ra jogar,
faz que muita coisa mude,
vamos reutilizar.
Numa lata, bom tambor
escondido pode estar.
Só tens de estar bem atento
e de experimentar.
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António José Ferreira
Tel. 962 942 759
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