Instrumentos Ecológicos para Bebés, oficinas Reciclanda para a sustentabilidade e o desenvolvimento musical precoce

Eco-instrumentos para bebés

Recorre-se cada vez mais à Música para fomentar as potencialidades criadoras e desenvolver todas as faculdades humanas.

A arte musical apresenta grandes vantagens em termos cognitivos e comportamentais, incrementa o raciocínio espacio-temporal, o pensamento lógico e a aptidão para as matemáticas.

Estimula a criatividade e o gosto artístico, cria um ambiente calmo em família, contribui para que a criança chore menos e seja mais calma. Torna o bebé mais apto para a língua e a linguagem, para a experiência cativante do belo nas artes, para a escuta ecológica dos sons da natureza.

Na medida em que proporcione calma e descontração, segurança e conforto, a música estimula o cérebro do bebé e abre-lhe o leque de aptidões intelectuais.

As experiências e jogos musicais feitos intuitivamente pelas mães, pais, avós e avôs, são corroborados por experiências clínicas, os progressos da neurociência e a pesquisa musical.

A audição de música torna-se um fator de desenvolvimento neurológico do bebé, sobretudo quando abarca todo o espetro sonoro audível.

A música parte da vida e prepara para a vida. Os primeiros contactos com a música acontecem no âmbito familiar e nos jardins de infância. As canções tradicionais, canções de embalar, música instrumental são muito importantes nesta fase.

Mesmo que os educadores e encarregados de educação não disponham de bases musicais teóricas, podem sempre cantar, mimar, saltar, movimentar, possibilitar experiências sonoras com instrumentos.

Para a criança, o canto não é uma simples imitação: desperta o sentido do ritmo, da melodia e da harmonia, da escala, dos acordes e da tonalidade.

A música favorece a integração na criança e na idiossincrasia do povo e na comunidade.

O ritmo é organização, número, simetria, medida, proporção, ordem, fazendo parte da própria fisiologia do ser humano que respira, pulsa, anda, trabalha, repousa, fala e se cala.

Até aos sete anos a criança vive sobretudo da sensorialidade: há toda a vantagem em expor e treinar sensorialmente as crianças para fazerem a natural precisam descoberta da intensidade, timbre e altura.

É limitador usar sempre a mesma canção ou o mesmo instrumento. É importante que os educadores e professores de Música disponham de uma pequena coleção de instrumentos musicais e fontes sonoras para variar e satisfazer o gosto das crianças.

Brinquedos sonoros, adquiridos em lojas de música e de brinquedos, apitos musicais, chocalhos de ovelha, cabra e vaca (à venda nas feiras em vilas do interior), instrumentos feitos a partir de materiais recicláveis, “apitos de caça”, podem ser adquiridos com vantagem sobre outros brinquedos, por vezes imensamente mais caros e com menos valor pedagógico.

Pequenos instrumentos limpos e seguros, feitos de materiais reutilizados, fazem maravilhas pela criança e a família.

Os educadores e professores de Música poderão encontrar em feiras e lojas de artesanato instrumentos do mundo especialmente úteis no contexto da creche e do Jardim de Infância: reques em forma de grilo ou rã, maracas coloridas com motivos variados, tamboretes com personagens dos desenhos animados.

O desenvolvimento da motricidade e do conhecimento do mundo passam também pela experiência da música.

A Música nos primeiros anos exige, assim, sensibilidade. O estudo pessoal e a criatividade fornecem aos educadores, pais e professores de música um mundo sonoro que enriquece os bebés e dá prazer às famílias. A criança, sensível ao timbre, distingue a sonoridade própria de vários instrumentos e apura a sensibilidade auditiva.

Em forma de jogo musical, o educador pode fomentar a criatividade à medida a criança vai crescendo, consciencializando de forma progressiva para as noções de frase, cadência e forma musical.

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António José Ferreira

962 942 759